29 de jun. de 2009

Indústria do PR cresceu 21% entre 2003 e 2007

Estado detém o quarto maior PIB do setor no país, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Alimentos, petróleo e automóveis são os maiores segmentos

A indústria paranaense registrou um ciclo de expansão na produção e no emprego acima da média nacional entre os anos de 2003 e 2007. A Pesquisa Industrial Anual, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o Paraná registrou nestes cinco anos um aumento de 21,4% no número de novas empresas instaladas no estado. No mesmo período, a média de crescimento da indústria nacional foi de 17,9%. Já o total de trabalhadores ocupados no setor cresceu 28% no Paraná, frente a evolução de 23,7% no cenário nacional.

De acordo com o estudo, a indústria gerou 127.548 vagas no Paraná, número que corresponde a 9,1% do total de empregos criados pelo setor em todo o Brasil no período. Já o valor de transformação industrial, índice que mostra as riquezas produzidas pelo setor, saltou de R$ 27,6 bilhões para R$ 44,8 bilhões no Paraná, com crescimento de 62% em cinco anos. Este índice coloca o estado na quarta posição do ranking nacional do PIB industrial das unidades da federação.

lJá a média de trabalhadores ocupados na indústria paranaense passou de 34 para 36 empregados por empresa. O resultado nacional aponta para um crescimento médio de 43 para 44 pessoas.

A pesquisa indica que, em 2007, a atividade industrial mais importante no Paraná foi o segmento de alimentos e bebidas, com participação de 20,6% na formação da riqueza industrial e por cerca de 25% do total dos empregos industriais no estado.

Logo em seguida aparecem os setores de refino de petróleo e produção de álcool com participação de 20,4% e utilização de apenas 2,3% da mão de obra, seguido pela indústria de veículos automotores, que detinha a fatia de 12,6% na produção paranaense utilizando 6,1% do pessoal ocupado.

“Em termos setoriais, o segmento que mais ganhou nas diversas variáveis foi a indústria de alimentos. Isso foi impulsionado, em grande parte, pelos subsetores de abate e processamento de carnes e de refino de açúcar, atividades então influenciadas pela acentuada demanda do mercado externo”, explica o economista do IBGE e coordenador da pesquisa, André Macedo.

Para o coordenador do departamento econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Roberto Zurcher, a expansão desses setores tiveram relação com a chamada “vocação natural” do estado. “A estrutura produtiva paranaense favorece a indústria de alimentos e atrai esse tipo de investimento. E os números do setor industrial têm uma correlação importante com o resultado da produção agrícola e, consequentemente, com o resultado do PIB estadual”, avalia Zurcher.

http://www.fetraconspar.org.br/informativos/2009/1944_27_06_09.htm#14

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